Quando a noite chegar em sua estância 
E febril seduzir-te as longas horas,
Oferta como dádiva tua inocência
Que teu pranto são as águas da aurora.
Quando o homem vier beber 
Do que mais choras
E suplicar-te perdão e penitência,
Dá teu colo, afago
E não demora que a ânsia 
Te visita a consciência.
E terás na carícia o itinerário
Onde possas calar o teu martírio,
Pois o teu riso será teu itinerário
Que usarás para escrever a tua história
E haverás de abandonar o teu calvário
E revelar no amor o teu mistério.

Poesia lírico-amorosa

UCSAL

Eduardo
© Todos os direitos reservados