É fim de outono!
O rio empresta a cor dourada.
reflexo das folhas de plátano...
Difícil falar das emoções,
palavras mal traduzem,
paisagens do coração,
teimoso e mágico...
É desajeitado dizer
o que sinto,
pouco falo não minto,
mas soa como falso...
É como se olhar
no espelho e nada ...
Uma distorção
incompreendida,
angústia ferida
talvez, e chorar...
Sigo nesta estrada
olhando horizonte
pintada em desencanto
de vermelho-tijolo
Saudade em flor...
Queria roubar...
talvez emprestar
da furtiva felicidade...
um pouco de paz...
Nas brumas do passado ressurgem
lembranças feridas, mal resolvidas
por falhas do tempo...
Assim nasceu esta poesia
que por tanto tempo
foi escrita e reescrita
nesta forma que talvez
seja mais vivida
quem sabe, sonhada...Porto Alegre - 20/04/90
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