Margarida Amarela
 
As vezes em tardes ou manhãs, uma sintonia
Tempo que as cortinas se fechavam para o amor.
Enroscado em pétalas de margarida, uma poesia
De face amarela com essência, perfume e cor  
 
Passado sem desgasto que insiste a companhia
Da nudeza do instante que o corpo era o sabor
Sem razão, apenas uma paixão que acolhia
Corações despidos totalmente ausentes de dor
 
Ledo engano de fantasia, ainda sinto queimar
E pulsar pelo pensar, bem viva na lembrança
De quem ainda vive sem disfarçar em ti o olhar
 
Segredos bem guardados que em total confiança
Emerges em versos em que você possa lembrar
Da época que o tempo nos tornava criança

Murilo Celani Servo
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