A vida desdita

Bendita,

Cresceu...

O amor, o ardor,

O copo, o corpo,

A fome,

O homem nasceu...

 

A luta, a garra

A marra, a força

A lei,

O medo venceu...

 

A fome, a sede

A água, a lama

A vida desdita

Maldita,

Contida, retida,

O homem...

Que homem?

Sou eu??

Sou eu?

Não sou eu...

Eu sou a mulher que deu à luz ao homem

Que não veio de minha costela

E sim do meu ventre

Eu sou a mulher que dominaram, que curvaram,

Mas não quebraram.

Eu sou o amor, o ardor,

O copo, o corpo,

De onde o homem nasceu...

Giulia Pegna
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