Quem me dera eu poder te amar um dia
Na mais pura efervescência da tua alma,
Pois, somente desta maneira me acalma,
Mesmo sabendo que já é muita ousadia!
 
Presunção que poderá causar-te trauma,
Mas que posso eu fazer, se à tua revelia
Eu já arrisco provocar toda u’a rebeldia
De tua parte e arrancar toda essa calma!
 
Essa calma, pois, existe em ti, constante,
Mas que culpa tenho eu em ser, por fim,
Um eterno enamorado, grande amante?!
 
No entanto, irei esperar, pois sou assim:
De um amor eu não desisto porque ante
Essa insistência um dia olhes para mim!
 
Autor: José Rosendo
(24/02/16)