Tu me chamas de roceiro
Somente pra me ofender,
Mas eu aguento ‘balceiro’
E conheço o teu proceder.
Não sei me fazer faceiro,
Pois, tenho muito prazer
De ser da roça, grosseiro,
E, a labuta é o meu lazer!
Só Deus pode me mudar;
Tu não me queres assim.
Se meu verbo é trabalhar
Na roça, e não acho ruim,
Porque ‘tô’ no meu lugar,
Não saio daqui e, por fim,
Nas cidades hás de morar:
Tu não nasceste pra mim,
Nem eu nasci pra te amar!
Autor: José Rosendo
(26/02/16)
Licença
Sob licença creative commons
Você pode distribuir este poema, desde que:
- Atribua créditos ao seu autor
- Não use-o comercialmente
- Não crie obras derivadas dele