Enquanto estou aqui
eu esqueço de tudo.
Eu volto a ser quem eu era
e passo a ser quem nunca fui.
 
E quando a manhã me acorda
escuto os sons que me chamam.
Eu vejo o dia clareando
anunciando mais vida
 
Não sei bem certo o que sinto.
Mas sinto que é isso o que quero.
Quero que corra em meu sangue
como se isso fosse meu
 
Sinto não poder mais ficar
e vou chorando baixinho.
Porque esse adeus que entristece
deixa uma dor que nunca senti
 
E vou levando marcas,
vou levando sonhos
Mas vou deixando aquele amor...
 
Ah se não existisse adeus...
se eu pudesse ficar e viver como a gente sempre viveu...
Vou partir mas peço a Deus para mostrar
o mesmo caminho em que vim
Mas dessa vez para ficar.  

À pequena Jenipapo de Minas.
Breno Malta
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