Existe uma espera.
para uns, curta...
para outros uma longa espera
Quimera.
O alívio.
O suspirar profundo.
O acenar com mãos confortadas
As quais sempre atadas
Dizendo “olá” a um novo mundo.  
 
Esperam imediata libertação, canção de paz,
fim dos “ais” inúmeros.
Esperam ludibriar do pretérito
Ou preferem sequer recordar.
Esperam que haja amor
E que seja gratuito.
Esperam o infinito
Que não precise de apelos.
Gritos de regozijo
E não de desesperos.
 
Existe uma espera
Cansativa espera
A espera de novos dias
Novas vidas.
Onde todos os arbítrios serão livres
E todas as verdades serão lícitas
Onde não se dirá adeus
E os sonhos seus serão meus.
Existe essa ânsia e,
pudera...   
Que deste “hoje” seja o fim.
E esperam que enfim,
não seja mais espera. 
 

Breno Malta
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