AS GARÇAS BRANCAS
(Progaires Martins)
Primeiro uma
Depois duas
Logo várias voando
No céu azul.
Algumas nuvens brancas
Pequenas nuvens brancas...
Ah! Não eram nuvens!
Eram muitas garças brancas.
Logo pousaram nas oiticicas
Das margens do rio Assu
De repente oiticicas nevadas.
Da janela do ônibus
Um olhar de poeta chora,
É a emoção no sertão,
Garças brancas nevando
As oiticicas do sertão.
O peito aperta de emoção
E anoitece, é hora do Ângelus,
Da Ave Maria sertaneja
De Luiz Gonzaga rei do baião.
O peito aperta de emoção
São as garças brancas
Parecendo neve
Nas margens do rio Assu
Cobrindo as oiticicas do sertão.
Autor Paulo Rogério Aires Martins-Progaires Martins
Direitos Autorais Lei n° 9.610 de 19 de fevereiro de 1998
Mossoró-RN
Paulo Rogério Aires Martins
© Todos os direitos reservados
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