Ilusões noturnas.

 

Idealizo em noites de luar,

imagens suas almejadas.

A silhueta do seu corpo no lençol,

Ornado em flores e cetins.


Beijando sua boca molhada,

Sob as luzes na alcova.

gorjeios das aves noturnas,

Arrepios entre os pelos eriçados.

 

O arquiteto realiza seus sonhos

Naquele corpo doce e singelo.

Concebido pela obra do desejo

Àquela princesa em seu castelo.

 

Desprovida de medo e pudor

Ela se entrega como a flor ao colibri.

Ensaiamos um ato coloquial,

Que só termina no nascer do sol.

 

Mas, os caprichos do destino,

Me fez chorar desencantado.

Ao nascer do sol, foi-se a noite

E, em minhas ilusões, pôs um fim.

 

J.A. Botacini. Maio/1975

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Jose Aparecido Botacini
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