A poesia é como

O vento suave

Que acaricia

O topete das montanhas,

Chegando ao mar

As ondas se assanham.

A poesia é como

O lume da lua

Que observa os namorados

Sob os olhar das estrelas

Num canto escuro da rua.

A poesia é como

Água pura que brota

Perene do morro,

Mas quando chega

Na cidade é dura

E quase morta, pede socorro.

A poesia é como

O silencio da noite

Que nos faz lembrar

Dos nossos amores

Nossos desejos mais ardentes

E também de nossas dores.

 

J.A.Botacini. Março/1985.

Jose Aparecido Botacini
© Todos os direitos reservados