A Lua nua
Diante do Sól
Se cora
Toda
Com um arreból
Não sei se vejo
Me cega um farol
Te quero tanto
Mais que futebol
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(Dancinha
Besta é grama ou lençol)
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Teto lunar
Num manto de estrelas
Dois como um
Três e todos em comum
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Deitados na relva
A selva humana da carne
Acho que perco-me acho que péco
Sooem alarmes! Gritem silêncios!
Explodam paraísos enluarados! Imensos!
Soltem índias tranças
Trancem prateados cabelos
Rastros de lúz de yemanjá beijada
Noite de Lua danada!
Venham animais seres do espelho!
Uivem os lobos, chorem os cães
Cantem felinos pelos telhados
Chamem suas mães
Conjurem feitiços
Libertem os encarcerados
Estilhaços da noite
Açoite dos vícios
Profanos nos túmulos
Ascendam os descarnados
Absurdos aos cúmulos
Da escuridão óh filhos bastardos!
Descansem as fúrias
Na mansão noturna
Destroços de vida
Mortalha diurna
Amores sangrados
Em peitos gelados
Lembranças do sereno
Cansasso terreno
Destinos alados ao lado
Do medo
No peito do mesmo coitado
Divino arremedo
Claríssimos ventos das úmidas copas
Os astros sedentos enviam suas tropas
Escolta e anúncio por todas as matas de Deus
Da brilhante crua peregrina dos céus
Cloaca de mundos
Padroeiras de amores
Olheiras das almas de encantos profundos
Testemunha de outros horrores...
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Cansaço da Lua é fome
De dia
Reinicio de início
Mascarada alegria
Sól de submundo
Mundo de orgia!
Criança latente, dormente agonia...
Oceano da noite não seca na manhã
Esconde no poço a loucura mais sã!
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