O que já não há

Sempre estive ao seu lado
me doei, perdoei
briguei, sofri
amei demais...

Perdi o prumo
perdi o rumo
te fiz carinho nas noites frias
te fiz feliz enquanto não devia
Disse palavras doces
dei apoio quando precisou
dei o melhor de mim.


E agora...
Eu não sou nada.
Fui mais uma vez objeto
Fui mais uma vez usada
e descartada.


Já não há mais palavras
nem remédios
nem anseio
e nem explicações
tudo foi explicado por si
pelo tempo
Eu vi e senti tudo.


O que já não há
em nossas certezas?
já não há o nosso destino comum
os nossos planos


O que já não há
em mim?
Ilusões.
Dói tanto...!
Mas... ao menos de novo
eu estou pura.